Que tal mudarem as perguntas?
- Ricardo Moura
- 2 de jun. de 2015
- 2 min de leitura
Entrevista coletiva anda muito chata. Um monte de gente entendida em táticas e formações. Um tal de 3-5-2, 4-4-2, 8-1-1 e outras variações que não fazem o menor de sentido.Uma prova disso foi a apresentação do novo treinador do São Paulo, o colombiano, Juan Carlos Osorio.

Entendo que é válido saber como jogará o time. O que ele pensa taticamente é fundamental para muitos jornalistas que só sabem ler pranchetas e noticiar o começo e final do treino. Muitos se alimentam disso. Mas, cá entre nós, tinha muito mais coisa para se perguntar, ainda mais levando em conta toda a história do treinador e do elenco que ele comandará.
Farei um simples exercício com algumas perguntas que seriam bem mais interessantes de serem feitas a um treinador que assume um time com tantos nomes fortes quanto o São Paulo.
Como o senhor fará com Rogério Ceni? Existe algum pedido de sua parte para a manutenção do goleiro? Se existe, levando em conta o que fez no seu último clube, ele também estará no rodízio de jogadores usados por você?
Luis Fabiano tem contrato para vencer. É um dos jogadores mais vitoriosos desse elenco, mas vem enfrentando problemas com a torcida. O que o senhor planeja para ele, que é um atleta que não gosta e nem costuma ficar no banco?
Alexandre Pato começou a temporada sendo o principal atacante do time, mas ainda apresenta certa irregularidade. Nas últimas semanas ele pediu a titularidade, que no Brasil é uma cultura, existe o titular e o reserva, o que pensa sobre isso? Existe a possibilidade dele ser titular, mesmo com o rodízio que você utiliza?
As três perguntas foram sobre jogadores com muito nome no futebol nacional e referências desse elenco. A direção disse que você terá todo tempo para trabalhar, sem pressão e cobranças imediatas. Mas, os três jogadores não estarão aqui no ano que vem que é quando a direção vai começar a cobrar resultados. Você contará com eles realmente ou já vai planejar algo sem protagonismo dos três?
Essas são as perguntas que todo mundo gostaria de ter respostas. Me perdoem os setoristas, mas pouco importa se ele joga com 3 ou 4 atacantes, pois, o último que dava aula tática em entrevistas coletivas, e tinha carreira pra isso, foi apelidado de professor Pardal.
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