Gaúcho Argentino e Mineiro espectador

Quando uma equipe brasileira vai jogar uma partida de Libertador, ela precisa, em primeiro lugar, ser um pouco argentino. O Inter, por ter D’Alessandro, conseguiu e passou com facilidade. O Cruzeiro se esqueceu, logo contra os argentinos, e por isso deixa a competição.

O Internacional, que tem um dos melhores elencos da América do Sul, conseguiu a classificação no melhor estilo “filme dramático”. Teve tudo, pancada, cartão vermelho, gol tranqüilizador, gol irregular no último minuto, briga, confusão e choradeira dos Colombianos.

Agora, na semifinal o Inter reencontra um velho ídolo. Do lado da equipe mexicana, do Tigres, joga Rafael Sobis, uma das grandes revelações dos Colorados na última década. O atacante brasileiro vem sendo peça fundamento no esquema dos mexicanos e o principal jogador deles na Libertadores. Um encontro muito interessante de se ver.

Já o Cruzeiro pode tirar a Libertadores de seu radar e pensar apenas no Brasileiro e Copa do Brasil. Os mineiros foram dominados e o placar de 3 a 0 refletiu o que foi a partida. Em uma noite de fraca atuação, alguns jogadores jogaram bem abaixo do esperado. Leandro Damião não foi capaz de dominar uma bola e a zaga cometeu uma série de lambanças, sendo a maior delas no lance que originou o escanteio do segundo gol.

Acredito que agora, na Toca da Raposa, a turma da mudança já levanta bandeira pela saída de Marcelo Oliveira, como se ele fosse o culpado pelas vendas de Everton Ribeiro, Lucas Lima, Ricardo Goulard e outras peças menos importantes que faziam o esquema funcionar. Se o treinador cair, acho que não cairá, será um duro golpe em tudo que defendemos para o futebol bem jogado no Brasil.

#Internacional #Cruzeiro #Argentina #Libertadores #Texto