Chamem o Jack Bauer

A farra acabou, pelo menos é o que parece. Sempre soubemos que tinha algo errado com a FIFA e marajás da bola. Sempre investigamos, mas nunca chegamos perto de pega-los. Quando digo investigamos, falo de Brasil e Europa. CBF e UEFA sempre foram vasculhadas, mas trambiqueiro bom, conhece a regra do jogo que está participando e sempre arruma um jeito de se esquivar da justiça que pode prejudicá-lo. Só que dessa vez o golpe veio de longe, agora a briga é com os americanos e suas leis bem severas contra a corrupção.

O FBI, que tem uma diretriz bem simples de trabalho, qualquer ato de corrupção de um americano, ou de pessoas que possua bens nos Estados Unidos ou até que usem bancos do País para movimentarem dinheiro sujo, está sujeito a ser investigado, processado e preso pela justiça deles. Pode parecer exagerado, mas é válido.

José Maria Marin, homem que mandou na bola brasileira até ano passado está em cana. Se ele pensa que a idade que tem será usada para ter facilidade no processo e na prisão, está errado. Usando o palavreado do botequim da esquina, a justiça americana diz que: Ladrão não tem idade!

Sei que você vai questionar, dizendo que Marin ficou pouco tempo a frente da CBF, que só vai comemorar quando eles chegarem no Ricardo Teixeira. Concordo, mas temos que entender que investigação de corrupção é que nem novelo de lã, quando você puxa uma ponta, logo em seguida ele se desenrola sozinho. E se por acaso o FBI não for suficiente para limpar o futebol desses vermes, daremos nosso jeito, chamaremos o Jack Bauer. Mas uma certeza esses picaretas precisam ter, a FARRA ACABOU!

Deixo uma frase para reflexão, cunhada pelo escritor colombiano Alonso Salazar, sabedor do que fala por ter sido prefeito de Medellín: “Quando se tem tanto poder e a capacidade de decidir sobre tantas coisas e tantas vidas, a relação com a realidade se perde. O poderoso cria seu próprio mundo, uma espécie de realidade virtual, da qual não há jeito que ele volte."

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