Lá se vai o Luxa
- Ricardo Moura
- 26 de mai. de 2015
- 2 min de leitura
Se tem um treinador que pode bater no peito e afirmar que foi vitorioso jogando bonito, esse cara é Vanderlei Luxemburgo. Palmeiras, Corinthians, Santos e Cruzeiro venceram, com ele, jogando o fino da bola. Mas, também é fato que depois da passagem pelo Real Madri, os trabalhos já não são bons.

É fácil notar que as equipes treinadas por Luxa tem pontos fortes. Até em trabalhos fracos, como esse do Flamengo, onde acabou de ser demitido, é possível enxergar o dedo do treinador. A zaga sair sem chutão é uma de suas maiores características, desde a época de Bragantino.
Mas, se o treinador é bom, só trabalhou em equipes fortes e não consegue ressurgir na carreira, o que vem acontecendo com ele?

Pode ser a reciclagem que tanto falam. Luxemburgo, talvez, não tenha estudado mais. Chegou a um ponto que acreditava que já sábia tudo, e não precisava mais avançar taticamente. Pode ser.
O esquema usado no Flamengo hoje, por mais que ele venda como mega novidade, nada mais é do que uma copia do Palmeiras de 93,mas sem a qualidade individual, ou seja, um copia com peças fracas. Everton não é Edilson Capetinha, Alecsandro não é Evair e Marcelo Cirino não é nem de longe Edmundo. Simples assim.
Além dos problemas táticos, que antes eram sua maior virtude, o ego e o comportamento também anda interferindo em seus trabalhos. As constantes reclamações sobre a falta de reforços foram minando o treinador, não só hoje, mas em suas últimas equipes.
O único clube onde teve seus pedidos atendidos foi o Grêmio, contratou a rodo, deixou uma folha salarial de outro planeta e não conquistou títulos. Hoje, a equipe gaúcha realiza bazar semanal para se desfazer dos atletas adquiridos pelo professor.
Qual será o destino de Luxemburgo? O São Paulo já se anima com o treinador no mercado e pode ser uma alternativa. Bom para a direção da equipe paulista, que arruma um homem capaz de servir de escudo para as trapalhadas feitas nos gabinetes do Morumbi. Péssimo para Luxa, que nesse momento, precisa ir para casa, descansar um pouco, rever o futebol e tentar se encontrar novamente na carreira.
Mas, de todos os cenários, quem mais sofre com isso é o futebol brasileiro. Perdemos um dos, se não, o maior treinador que o Brasil já viu. Luxemburgo, o homem que mudava uma partida com apenas uma substituição, hoje não consegue nem mudar a própria imagem ultrapassada.

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