Obrigado, Xavi!
- Ricardo Moura
- 23 de mai. de 2015
- 2 min de leitura
Xavi se despede do Barcelona. Mais um símbolo de uma geração resolve largar o alto nível em busca de uma aposentadoria mais tranqüila e com dinheiro. Há duas semanas era Gerrard, agora é o espanhol.
Sempre achei Xavi um gênio, um cara muito acima da média e com recursos raros, ainda mais para um europeu. Hoje, analisando sua trajetória, é muito claro dizer que muitos jogadores devem parte de sua carreira ao Espanhol.
O meio espanhol era um menino ao lado de Rivaldo e uma trupe de holandeses consagrados, mas mesmo assim tinha sempre lugar garantido.

Xavi era um coadjuvante em um time que tinha Ronaldinho Gaúcho voando. Era o homem que sabia a hora de segurar a bola em um elenco que prezava pela firula e velocidade.

O anos passaram e Xavi virou referência em um Barcelona ainda melhor. Manteve a serenidade em um time que prezava pela fantasia. Toque de bola refinado e simples, onipresente em campo e líder capaz de liderar sem bater no peito ou jogar para a torcida.

Nesse momento, além de ser um dos “caras” do time, Xavi ainda arrumou tempo para vencer Eurocopa e Copa do Mundo.

Até ontem um quarto Xavi existia em campo e no elenco. Mais velho, sem o mesmo fôlego, acabou indo para o banco, mas soube ir em silêncio, sempre beneficiando o clube. Um atleta de seu tamanho, com uma simples palavra poderia derrubar o treinado que lhe barrava do time, mas o espanhol soube ser sereno e entender que o tempo havia passado.

O camisa 6 do Barcelona sai de cena, da adeus ao clube que viveu os melhores anos de sua história com ele em campo, seja o menino que acabava de subir ou o veterano que aceitou o banco com dignidade. O futebol perde mais uma estrela e quem admira personagens, vê mais sair de cena.
Obrigado, Xavi!
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